sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Saudade é a palavra do dia

Hoje o dia tá meio sei lá, eu to estranha. Deve ser esse clima natalino e do qual eu não gosto nem um pouco, tá chovendo lá fora e aqui dentro a saudade só aumenta. Saudade de tudo, de pessoas importantes que hoje não estão mais comigo, de amigos e família que moram longe, e até de quem relativamente tá sempre ali. Deve ser essa coisa do natal que me deixou assim hoje... Comecei a pensar em tudo que eu vive nesse ano de 2011, mas essa retrospectiva vou deixar para um outro post, mas fato é que toda essa lembrança diária veio em forma de saudade. É a palavra do dia! Todo mundo querendo aproveitar os últimos dias do ano, sexta-feira... geral querendo sair sem hora pra voltar, menos eu! Talvez eu até faça isso, pra esquecer de tudo, pra não pensar, mas... hoje eu queria a companhia do meu tio que mora longe, queria sentar em algum lugar com aquelas melhores amigas, pra jogar papo fora, dar risada. Queria a companhia do meu pai pra um café e escutar as enormes besteiras que ele me diz e me faz rir. Queria um certo abraço, um filme e aquele carinho ímpar!
Engraçado como é a vida da gente, pessoas, músicas, momentos marcam sua história como nem você pode explicar. Eu tenho muita dificuldade com as palavras e por isso é muito, muito mais fácil eu me expressar escrevendo.
Não estou triste hoje, só estou pensativa e manhosa eu diria. Enquanto eu estava aqui escrevendo, meu telefone acaba de tocar e uma amiga muito querida de Cascavel acaba de me chamar pra um happy hour em mulheres, e então eu vou lá... Vou deixar esse aperto que tá comigo em casa e vou aproveitar algumas das pessoas especiais que Deus colocou no meu caminho, e o resto Ele cuida, acalma meu coração como sempre fez nos momentos difíceis.

--> Ouvindo: Grupo Disfarce - Nosso vídeo

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Natal sem papai noel

"Estou preparando a minha árvore de Natal. Quero que ela seja viva, mas não quero que seja exterior. Eu a quero dentro de mim. Tenho medo das exterioridades. Elas nos condenam. Ando pensando que o silêncio do interior é mais convincente que o argumento da palavra

Quero que minha árvore seja feita de silêncios. Silêncios que façam intuir felicidade, contentamento, sorrisos sinceros.

Neste Natal não quero mandar cartões. Tenho medo de frases prontas. Elas representam obrigação sendo cumprida. Prefiro a gratuidade do gesto, o improviso do texto, o erro de grafia e o acerto do sentimento. A vida é mais bonita no improviso, no encontro inesperado, quando os olhares se cruzam e se encontram.

Quero que minha árvore seja feita de realidades. Neste Natal quero descansar de meus inúmeros planos. Quero a simplicidade que me faça voltar às minhas origens. Não quero muitas luzes. Quero apenas o direito de encontrar o caminho do presépio para que eu não perca o menino Jesus de vista. Tenho medo de que as árvores muito iluminadas me façam esquecer o dono da festa.

Não quero Papai Noel por perto. Aliás acho essa figura totalmente dispensável! Pode ficar no Pólo Norte desfrutando do seu inverno. Suas roupas vermelhas e suas barbas longas não combinam com o calor que enfrentamos nessa época do ano. Prefiro a presença dos pastores com seus presentes sinceros.

Papai Noel faz muito barulho quando chega. Ele acorda o menino Jesus, o faz chorar assustado. Os pastores não. Eles chegam silenciosos. São discretos e não incomodam... Os presentes que trazem nos recordam a divindade do menino que nasceu. São presentes que nos reúnem em torno de uma felicidade única. O ouro que brilha, o incenso que perfuma o ambiente e a mirra com suas composições miraculosas.

O papai Noel chega derrubando tudo. Suas renas indisciplinadas dispersam as crianças, reiram a paz dos adultos. Os brinquedos tão espalhafatosos retiram a tranquilidade da noite que deveria ser silenciosa e feliz. O grande problema é que não sabemos que a felicidade mais fecunda é aquela que acontece no silêncio.

É por isso que neste Natal eu não quero muita coisa. Quero apenas o direito de recolher o pequenino menino na manjedoura... Quero acolhê-lo nos braços, cantar-lhe canções de ninar, afagar-lhe os cabelos, apertar-lhe as bochechas, trocar-lhe as fraldas para que não tenha assaduras e dizer nos seus ouvidos que ele é a razão que me faz acreditar que a noite poderá ser verdadeiramente feliz.

Neste Natal eu não quero muito. Quero apenas dividir com Maria os cuidados com o pequeno menino. Quero cuidar dele por ela. Enquanto eu cuido dele, ela pode descansar um pouquinho ao lado de José. Ando desfrutando nos últimos dias o desejo mais intenso de que a vida vença a morte.

Talvez seja por isso que ando desejando uma árvore invisível. O único jeito que temos de vencer a morte é descobrindo a vida nos pequenos espaços. Assim vamos fazendo a substituição. Onde existe o desespero da morte eu coloco o sorriso da vida.

Façam o mesmo!

Descubram a beleza que as dispersões deste tempo insistem em esconder. Fechem as suas chaminés. Visita que verdadeiramente vale à pena chega é pela porta da frente.

Na noite de Natal fujam dos tumultos e dos barulhos. Descubram a felicidade silenciosa. Ela é discreta, mas existe! Eu lhes garanto!

Não tenham a ilusão de que seu Natal será triste porque será pobre. Há mais beleza na pobreza verdadeira e assumida que na riqueza disfarçada e incoerente. O que alegra um coração humano é tão pouco que parece ser quase nada. Ousem dar o quase nada. Não dá trabalho, nem custa muito...

E não se surpreendam, se com isso, a sua noite de Natal tornar-se inesquecível."

Pe. Fábio de Melo.


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Coisa estranha

De repente me deu uma tristeza, uma vontade de chorar, um desespero... como era antigamente, exatamente assim, eu estava bem, super feliz, tinha um dia sensacional e chegava em casa caia em um mundo de lágrimas e indecisões. Não sei se foi a ligação que recebi de uma amiga agora pouco e a conversa que tivemos e o quanto ela me disse coisas que me fizeram pensar, ou se é porque eu estava lendo uns textos sobre o natal e é uma época que me deixa um pouco chateada, talvez a mais bonita de todas, os efeites, as luzes, as músicas que emocionam, mas sei lá... o natal pra mim nunca foi sinônimo dessa coisas bonitas que a gente vê na tv, família reunida, muitas risadas, abraços e carinho, há algum tempo o natal aqui em casa deixou de existir dessa forma. Acho que isso também contribuiu pra essa tristeza repentina, na verdade eu acho que sei exatamente o motivo dela, mas ela só ia passar se eu pudesse verbalizar isso sabe? é assim que eu consigo ficar melhor, colocando pra fora, e nesse caso acho que não vai ser possível. O que me faz ainda mais refletir. Por isso sempre acaba sobrando pro blogspot, é como um alívio escrever, eu coloco tudo pra fora, ele não me critica e nem diz calma, com o tempo tudo se ajeita. Não, o tempo não ajeita nada, fazer é que muda alguma coisas mas hoje eu não consigo pensar em fazer nada pra mudar isso, porque o que eu realmente gostaria de fazer não depende só de mim.
Hoje foi um dia muito bom, não tem como descrever aqui, sabe quando você acorda da melhor forma possível, se sentindo e estando bem?! Pois então, e agora me sinto assim... parece que as vezes é como uma droga, enquanto você usa te da aquela sensação enorme de prazer mas depois que passa você se sente um lixo completo.
Enfim, preciso de um bom banho e cama, nada melhor que a companhia do meu travesseiro pra colocar as idéias no lugar e amanhã vai ser um novo dia.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Quem procura acha

Quem procura acha, com toda certeza esse não seria um título para o meu post de hoje, mas quando abri minha caixa de rascunhos ele estava lá e com um texto já começado, dizia sobre tempos atrás e algumas outras coisas que eu estava sentindo naquela época. Mas por um momento eu achei bem oportuno já que essa praticamente foi a frase do fim de semana passado. Fim de semana que por sinal eu queria poder pular do meu calendário 2011 e fingir que ele não existiu. Então eu resolvi enterrar aquele turbilhão de sentimentos que estava me trazendo coisas ruins e comecei até ter uma saudade gostosa. Estranho né? Pois é... tão estranho quanto o meu jeito Vanessa de ser.
As vezes nem eu me entendo sabe, eu andava tão segura de tudo aquilo que eu tava vivendo, me encantando com as coisas, com as pessoas, acreditando em sentimentos, fazendo a minha vida do meu jeito entende? vivendo livre, porem eternizando momentos e palavras...
Talvez esse foi um dos meus erros, eternizar aquilo que não pode ser eterno e achar que eu estava segura de tudo aquilo que estava vivendo. Sim, porque vamos combinar que se eu estivesse mesmo segura aquilo não ia me abalar da forma como foi. O que fez eu parar pra pensar ainda mais, afinal eu não podia deixar que meus sentimentos me controlassem. Tudo errado ou não, essa minha falta de controle só me descontrolou mais ainda. Sempre fui uma menina firme, decidida e persistente com as coisas que eu quero... quando eu decido eu VOU! E parece que por um momento aquilo não fazia mais parte de mim.
Então eu tirei algumas conclusões sobre o que eu deveria fazer, ou melhor, sobre aquilo que todo mundo e inclusive a minha razão esperava que eu fizesse. Mas infelizmente a Vanessa que eu conheço, embora não pareça é muito mais feita de emoção do que razão.
E no fim das contas, ou melhor... no meio dessa bagunça toda eu vi que não havia nada pra ser decidido, eu sabia dos riscos e eu sabia até onde eu deveria ir. O problema nisso tudo não foi o fim de semana passado, nem tudo que existiu ali, foi a forma como eu conduzi os meus sentimentos, ou melhor como eles fizeram parte de mim de um jeito em que a minha razão foi deixada de lado. Na verdade, tá tudo ainda muito confuso, é uma vontade de viver, e viver e viver e ah depois a gente vê... sabe assim?! Mas também um medo, um coisa estranha, medo é uma palavra que nunca fez parte da minha vida... eu não tenho medo das coisas, eu não tenho medo encarar desafios e de dar a cara pra bater, mas de repente ele apareceu e nesse instante eu travei, esperando que alguém ou alguma coisa me dissesse o que fazer e obvio isso não aconteceu, então eu continuo aqui lutando contra meus sentimentos e tentando deixar as coisas só um pouco mais bonitas. :)