segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A dor não quer passar

Hoje o dia foi de muita tristeza, parada naquele salão eu só conseguia ouvir choro e muita dor, olhava para o céu como quem busca respostas, e de fato eu procuro, eu queria entender por que? Por que pessoas boas se vão tão cedo?!
Se ele estivesse ali ia ficar bravo com cada um de nós por estarmos chorando e tão abatidos, ia dar um abraço apertado e me dizer: "é agora tu tem que ser forte baixinha". Mas a única coisa que eu consigo sentir é dor, uma dor que não cabe em mim. A grande verdade é que não tem nada a ser feito, nem a ser dito, aquilo parecia uma mentira, algo rídiculo!
Nesse mesmo mês ele estava no sofá da minha casa, fazendo planos, almoços na fazenda, passeios de moto, livros que ele recomendava e a vontade de unir nossa família, o quanto ele se preocupava com meus compromissos de mãe, com os meu relacionamentos como mulher, com minha profissão e quanto cuidava e fazia a gente cuidar da saúde.
Tudo isso foi interrompido, horas de voo literalmente pelos ares. Foi assim que ele se foi, longe da gente e muito mais perto do coração.
É um misto de saudade, de raiva, de tristeza e de arrependimento.. meu coração tá apertado, tá doendo, as lágrimas não param de cair um segundo se quer, ainda que eu queira ser forte, ainda que eu sei que ele não quer me ver chorar, ainda que eu saiba de tudo isso não consigo aceitar. A cada momento que fico sozinha o desespero bate, a tristeza toma conta.
O que vai restar? Saudade, MUITA saudade! Peço a Deus conforto pra toda minha família, tenho certeza que dias melhores estão por vir e que Deus tem um proposito para casa um de nós, mas por enquanto tá doendo, e tá doento muito.

Tio, você era especial, hoje minha tia me deu um abraço forte e disse: "ele falou tanto de você nessa semana" aquilo veio com um peso e um alívio ao mesmo tempo, de saber que você tinha tantos planos e tanto carinho por mim e também tão pouco tempo.

TE AMO!

sábado, 6 de agosto de 2011

Sei lá

Engraçado, estava olhando algumas postagens e datas em que resolvi escrever e de fato publicar alguns textos aqui e comecei a perceber que na grande maioria das vezes eu procuro o blog quando estou chateada, são sempre os mesmo textos frios, tristes ou com uma certa raiva acumulada, não sei, talvez é como se escrever seja a forma que eu encontro pra desabafar, vomitar todas as palavras entaladas na minha garganta, colocar pra fora todos os pensamentos que me tiram o sono. Tenho mania de eternizar momentos, pessoas e palavras também.
Então cá estou eu, sábado a noite em casa, um programa qualquer na televisão, uma barra de chocolate do lado e muitos copos de água. Um Lisador pra acabar com a dor de cabeça, diga-se de passagem o segundo do dia, minha cama, minha coberta e meu computador é tudo que eu preciso hoje. Bom, talvez não é só isso que eu queria pra hoje ou precisava, mas enfim, deixa pra lá!
Passei o dia todo com o coração apertado, sem vontade alguma de sair, de ver pessoas, de conversar, estou precisando organizar algumas coisas na minha vida, organizar meus pensamentos e redefinir prioridades. Me sinto perdida em relação a muitas coisas que estou vivendo, muitas vezes não consigo conduzir as coisas como eu gostaria, ou de uma forma que me faz bem, acredito muito que quando a gente está triste com alguma coisa isso é um problema exclusivamente nosso, ninguém tem culpa disso, se alguém faz algo com você é porque VOCÊ permite. Eu acredito muito nisso e eu acho que isso que me da mais raiva, a culpa não é sua, nem dele, é minha!
Então vem a simples resposta, MUDE! Quando algo não vai bem é preciso parar, avaliar e seguir outro caminho, eu sempre digo uma frase: Pra frente é que se anda! Mas a grande verdade, é que mudanças me assustam, perder coisas que conquistei me da medo e eu fico ali, sempre colocando reticencias nas historias da minha vida.
Acabei de ler uma frase do Caio F. Abreu que se encaixa perfeitamente no meu estado de espírito: "Só preciso de alguns abraços queridos, a companhia suava, bate-papos que me façam sorrir, algum nível de embriaguez e a sincronicidade."

Não hoje, talvez amanhã...